quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Mudança radical: queda no consumo

O consumo, por aqui, diminuiu. Manteiga, maionese, margarina e similares, em embalagens grandes que, agora, duram uma eternidade na geladeira, podendo até, estar se tornando impróprias para o consumo, estão sendo substituídas. Resultado: há mais espaço, as despesas vão sendo reduzidas e ninguém se arrisca a sofrer uma intoxicação alimentar...

Quanto tempo, levamos, até perceber, certas alterações que, muito próximas, ou em nós mesmos, estão a exigir pronta adaptação? Nenhum alerta, nenhum sinal; e continuamos com a mesma rotina, como autômatos obedientes a um comando plantado em nosso cérebro em uma ocasião já distante. Um dia dizemos: a ficha caiu um pouco tarde, poderia ter me livrado (disto, ou daquilo) há tanto tempo!!

Os meus “clientes” deixaram para trás a fase de crescimento. E vivem muito ocupados, estudando, trabalhando... Ninguém mais está disponível para, a cada 15 minutos, abrir a porta da geladeira e dos armários da cozinha e dizer: não tem nada gostoso para comer? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

domingo, 26 de agosto de 2007

Perdendo peso sem ir à academia

Graças a exercícios aeróbicos e de musculação (suspendendo o secador de roupa, passando pano no chão, etc.) emagreci e perdi barriga, sério, é verdade!!Fui vestir uma calça preta cigarrete, manequim 38, que eu adoro e, surpresa, está folgada.

Conto, não para provocar inveja, mas para incentivar donas de casa mais cheinhas...Em compensação, preparem-se: dores nas articulações e na coluna kkkkkkkkkkkkk

Conclusão: caminhadas, musculação em boa academia e, principalmente, resistir à gula e à ansiedade que nos leva a repetir um outro exercício, o da mastigação, são as melhores receitas.

sábado, 25 de agosto de 2007

Toalhas felpudas e macias dão trabalho extra!

Meu filho mais velho aniversariou. Ganhou um presente para o seu novo lar, jogos de toalhas de banho, felpudas, macias, bem grandes... nada a ver com as toalhas que eu tenho aqui em casa ...

Escolho, cuidadosamente, as toalhas que devem ficar no meio termo entre um conforto mínimo ao tato, o peso e o tamanho de modo que não se tornem um estorvo na “operação lavar”, “secar”, “guardar” ... Explicando: toalhas grandonas e felpudas ocupam muito espaço, pesam na máquina de lavar, demoram para secar e, em espaços reduzidos combinados com dias úmidos, acabam cheirando a mofo.

Atividades domésticas requerem estratégias, dignas de serem batizadas com esses nomes criativos, às vezes grotescos, que a PF inventa.

Desde cedo precisei de estratégias: aprender a simplificar, a colocar em primeiro plano aquilo que realmente, tem importância. Foi assim que consegui criar 4 filhos trabalhando em jornada de oito horas diárias, sem enlouquecer, sem negligenciar meus compromissos profissionais, sem deixar de estar atenta ao que se passava com a criançada.

Os recursos sempre foram reduzidos e o tempo ultra-escasso. Eu não podia contar com uma babá, com cursos de natação, de inglês, etc, atividades que mantivessem a garotada ocupada. Uma vez, li uma entrevista com a Maria Silvia Bastos Marques, aquela super executiva que presidiu a CSN. Ela havia tido gêmeos mas, ai que inveja, podia contar com toda a infra-estrutura proporcionada pelo seu alto salário. Que bom para ela e seus gêmeos!

Eu, aqui, nenhuma colher de chá! Ou de sopa, bem grande, dessas que o dinheiro, esse que dizem que não traz felicidade, é capaz de proporcionar. Então, tome estratégia, tome desapego e doses cavalares de simplicidade!

Mas, no afã de presentear, cometi um deslize, esqueci que sou eu quem, ainda, está lavando as “roupitias”!

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Delegando sem Perder o Controle

Compartilhei, com meus poucos leitores, reminiscências que ia guardando enquanto vivia a experiência de assumir, integralmente, o papel de dona de casa, na ausência da minha caríssima auxiliar; tempo que aproveitei para corrigir algumas coisinhas, que não estavam visíveis para mim, na distância em que, antes, me colocava; o que é completamente normal quando não se tem o vício da centralização, quando se exerce a liderança de forma democrática.

Catellius comentou, zombeteira e muito apropriadamente:

""E descobrir, por exemplo, que havia desperdício de alimentos e de material de limpeza, apesar de existirem cantinhos requerendo uma faxina mais caprichada e, principalmente, perceber que não se estava comendo muito bem: muita comida requentada em microondas."
É, Luisete... Descontrole=corrupção... Brincadeira! Se isso acontece na minha, na sua casa, imagine como é em nível nacional, com esse desgoverno do PT...”" (grifei).

Tem razão, o Catellius; quando delegamos, assumimos riscos. Mas, vale a pena. Delegar significa se desobrigar da execução para ter mais tempo livre.

E eu estou aqui, de volta, com tempo e liberdade para exercer outros papeis, além do papel de dona de casa, de que muito me orgulho. Enquanto eu estava sem tempo, o tempo, que não brinca, que não posterga, passava...E trouxe de volta aquela que me permite ter mais tempo!

Algumas perdas materiais vão acontecer, provavelmente; mas largamente compensadas por outros ganhos, ganhos que não podem ser mensurados materialmente.
Nas grandes organizações, inclusive na administração pública, as coisas se passam de forma semelhante. É indispensável delegar. A centralização é a principal responsável pelas grandes perdas, como ocorre no Governo Federal, onde vidas humanas se vão enquanto o Poder Central permanece sentado sobre o cofre, onde estados e municípios vivem de pires na mão.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

A Lição de Rita Apoena

Talento e disponibilidade nem sempre estão presentes simultaneamente. Às vezes, desconhecemos nossos próprios recursos; ou estamos presos à satisfação das necessidades mais prementes, forçados a relegar a um plano secundário, a uma ocasião futura, a realização de desejos que nos são caros. Tudo o que diz respeito ao refinamento do espírito, ao auto-conhecimento, às possibilidades de ganhos intelectuais e culturais, é negligenciado ante a necessidade humana de garantir um teto e, pelo menos, quatro refeições básicas diárias rsrsrsrsrs.

A mulher, principalmente, é uma escrava dessas contingências na missão de garantir o próprio sustento e o de terceiros e o de prover cuidados à família. Por que ela abre mão de si mesmo, por assim dizer, os tais “terceiros” (marido, filhos e agregados) têm a chance de progredir. O lar é um mini estado com muitos encargos onde tudo precisa acontecer no tempo certo para que a ordem se mantenha. E, por que a ordem se mantém, pouco se valoriza a pessoa que conduz essa orquestra que produz a suave melodia da paz doméstica; seja a própria dona da casa, seja a empregada, nem a própria mulher, às vezes, valoriza o trabalho doméstico.

Quando criei este Blog, era nisto que pensava, nas “bobagens”, nas pequenas coisas que faz a vida de uma dona de casa, nos mil e um problemas do cotidiano que precisamos resolver. Pretendia, e pretendo, fazer pequenos relatos usando o que penso ser o meu talento: escrever. Mas fui pega pela falta de disponibilidade; quando precisei mergulhar de cabeça nas tarefas de limpar, de fazer supermercado, cozinhar e, ainda, manter o de sempre, conversar e usufruir da companhia dos meus filhos e do meu neto.

Fiz planos de me dedicar integralmente à escrita, já me comprometi com terceiros para escrever um livro na minha área (controle interno) e para desenhar um projeto dirigido a uma questão específica de administração pública... Ainda não pude por em prática tais ações. Aí, um dia, acesso um blog ultra interessante, de uma jovem que dá uma lição a esta experiente senhora no limiar da terceira idade: simplesmente, isolou-se, deixou tudo de lado para escrever o seu livro. Rita Apoena é o nome, ou pseudônimo, da menina. Ler o que ela escreve é um grande prazer. Quando consigo um tempinho, vou até lá. Aí, outro dia, outra menina, a Fábia Rossoni, posta aqui um comentário e, logo, leio, no seu perfil, sobre os seus projetos sendo postos em prática.
Gente, estou com vergonha dessas minhas desculpas... Será que são esfarrapadas? Será que posso fazer o tempo?