quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Trivial com poucas variações

Procuro ser breve quando estou no comando do fogão rsrsrsrsrs... Nada de receitas com mais de três linhas e mil e um ingredientes. Não e não. Uma comidinha simples; bem feita, é claro, com os temperos básicos (cebola, alho, folha de louro), que possa ser devidamente soboreada mas que não me prenda mais do que 90 minutos. É o meu limte. Afinal, tenho mais o que fazer.
Eis meu "cardápio-faça-tudo-rapidinho": além do feijão com arroz obrigatório: salada verde com tomate, purê de batata, carne picadinha ou assada, peito de frango assado, frango refogado com pequi, macarrão com queijo e presunto e legumes refogados. E não poderia faltar o prato típico de qualquer preguiçoso, baião de dois: mistura de feijão, arroz, linguiça de paio, bacon, uma espécie de arroz de carreteiro do Nordeste.
Sempre que escuto esse papo de "a comidinha da mamãe é melhor", sinto pena dos meus filhos, coitadinhos; na casa da mãe deles o papo é outro, ou melhor, o cardápio é muito "simplesinho".
E, agora, que a minha empregada estará de licença-gestante, estou em contagem regressiva, morrendo de medo da cozinha, do tempo que me consumirá preparar os alimentos que consumiremos. O jeito é fazer graça para não perder o humor e marcar o tempo: mais do que 90 minutos na cozinha? Não e não.

domingo, 4 de fevereiro de 2007

Domingo

Estou com uma preguiça... daquelas de final de gripe. E o dia nublado, meio frio, o silêncio reinante, tudo contribui para esse meu estado letárgico. Li os jornais, por cima, tudo chama a atenção mas nada consegue me arrancar deste estado, nem o título "Receita multa por sonegação o presidente reeleito da ALERJ", estampado na primeira página de "O Globo". O Presidente da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro terá de pagar 1,5 milhão em impostos e multas.
Enquanto isto, o riobodycount (www.riobodycount.com.br) estampa os números da violência de hoje, no Rio de Janeiro. Decido voltar à preguiça, ficar aqui, "alienada", meditando para afastar esses fantasmas. Ou seria melhor fumar um cigarro?

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Privilégio? que privilégio?

Adoro o mar; é meu sonho de consumo, estar nas proximidades, contemplar aquela vastidão, ouvir o murmúrio, sentir o cheiro ... Sonho difícil de realizar, plantada aqui no Centro-Oeste, a 1200 km do litoral.

Me disse privilegiada por ter nascido no Rio de Janeiro e por morar em Brasília. É que essas circunstâncias permitiram que eu estivesse, desde cedo e sempre, em contato com muitos brasis, espelhados na face de brasileiros de todos os cantos, que migraram para a antiga capital da República e, depois, para a nova; e foi assim que eu aprendi a apreciar diferenças; tons, sons e sabores, deixando de lado preconceitos e estereótipos. E sem precisar gastar um tostão. Eu, que sempre fui "dura", pude conhecer um pouco do Brasil sem sair do lugar.
E mais; ainda fascinada pelo mar, tenho que me contentar em admirar, platonicamente, fotos de férias, as minhas e as de generosos viajantes que postam as suas em albuns na Internet.
Será que sou, mesmo, privilegiada?