tag:blogger.com,1999:blog-22278054150747957192024-02-08T13:03:25.917-03:00Reflexões de dona de casaUm espaço para jogar conversa fora sem ligar o desconfiômetro, para "falar sozinha" e, quem sabe, ser ouvida.Luisetehttp://www.blogger.com/profile/05962548864627682882noreply@blogger.comBlogger30125tag:blogger.com,1999:blog-2227805415074795719.post-14825146065197060692010-12-26T14:15:00.001-02:002010-12-26T15:45:13.114-02:00OLHO POR OLHO, DENTE POR DENTE??Refletindo sobre convenções e tradições, é sempre surpreendente constatar que, na verdade, os convencionalismos são meros pretextos atrás dos quais o ser humano tenta ocultar a própria má fé. Os sentimentos mais mesquinhos são protegidos por pretextos e falsos argumentos habilmente tecidos, alguns fundamentados em princípios religiosos.<br />
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No nível macro, teorias sociológicas e econômicas foram, e ainda são, construídas, tratados são publicados para justificar a exploração de seres humanos,uns pelos outros; foi assim com a escravidão negra e com outras formas de escravidão, foi assim com o estado teocrático quando se alegava o "direito divino dos reis" que, para exercer o poder temporal, se diziam enviados de Deus, ou o próprio Deus!!<br />
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No plano individual, as mulheres sabem o que significa estar subjugada por teorias mirabolantes concebidas pelo poder masculino. Mas, os homens também tem sido vítima de suas próprias teorias na medida em que permaneceram limitados a padrões tão rigidos que lhes negavam até mesmo o direito de chorar. <br />
Noentanto, o mais surpreedente é perceber que as próprias mulheres vestem tão bem esse molde que assumem a pregação daquilo que não lhes convém...Algumas vestem, literalmente, como as muçulmanas que defendem o uso da burka, ou como as ocidentais que se vestem se despindo. <br />
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Haja tempo para mudanças construtivas e mais saudáveis, haja sabedoria para se safar dessas armadilhas, enquanto elas perduram.<br />
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Mas, o que me traz a essa reflexão, no dia seguinte às comemorações natalinas? Uma questão familar, pessoal... Decidi compatilhar por ser bastante absurda. E, aqui, neste espaço (público e, parodoxalmente, reservado), em que me coloco como dona de casa, é o lugar ideal para ruminar... E para lembrar que ninguém, nascido neste mundo, foi mais anti-convencional do que Jesus Cristo: no lugar do "olho por olho", advogou a misericórdia; exortou todos ao não julgamento e conclamou para o exercício do perdão incondicional e do desapego aos bens materiais, curou no sábado, combateu o sacrifício de animais e os vendilhões do templo, deu as costas ao poder temporal...Luisetehttp://www.blogger.com/profile/05962548864627682882noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2227805415074795719.post-6155286753604402342010-10-02T10:30:00.002-03:002010-10-02T11:01:45.130-03:00Tudo me é lícito mas nem tudo me convém, tudo me é permitido mas a nada me prenderei...Reflexão oportuna, neste momento de "pega pra capar", onde pessoas mentirosas e desonesteas que se rotulam "políticos", como se tais vocábulos fossem sinônimos, estão à solta, fazem a festa sob os nossos olhos incrédulos. <br />
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Não esqueçamos das lições dos seguidores de Jesus: a exortação de Paulo, feita há 2000 anos, se aplica agora, quando muitos se sentem tentados a fechar os olhos para a corrupção, desde que alguns resultados sejam apreciáveis, na esfera particular. Ora, isso é corromper-se!<br />
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Tomemos cuidado pois há uma doença contagiosa se propagando, perigosamente: apregoam-se mentiras deslavadas e usam como desculpa a defesa do bem estar do povo. Ou seja, mentir, trapacear, desviar recursos públicos, pode ser aceitável quando se busca um fim justo? <br />
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Meu amado pai, se hoje fosse vivo, estaria completando 82 anos. Foi com ele que aprendi a me interessar pela política e graças ao seu exemplo tornei-me uma leitora quase compulsiva de livros e jornais. <br />
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Leio menos do que desejo, sei menos do que almejo pois preciso ganhar a vida. Mas, graças a ele, ao seu exemplo de homem sério, estou sempre em busca do saber... E é por ele que, nas vésperas da eleição mais importante da nossa História, quando duas mulheres estão na disputa do mais alto cargo da República, que retomo este blog, com esse texto de dona de casa, mulher, mãe, trabalhadora. <br />
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Viva as mulheres! Abaixo os corruptos! E, se qualquer delas se corrompeu, que se torne desprezível aos olhos do eleitor pois não se pode justificar o voto apenas pelo sexo.Luisetehttp://www.blogger.com/profile/05962548864627682882noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2227805415074795719.post-86915661417681780202008-11-26T14:24:00.001-02:002008-11-26T14:24:51.729-02:00Santa CatarinaTenho passado férias em Santa Catarina. E me apaixonei, o que é inevitável tantas são as belezas e peculiaridades do lugar. Estou de luto, sinto como se fosse o meu estado. Um lugar agraciado pela natureza de modo tão especial e, agora, castigado por um verdadeiro dilúvio. O pensamento, e ações de solidariedade dos outros estados, dos outros brasileiros está com os catarinenses; invocamos dias de luz para secar rapidamente a terra encharcada e estancar as lágrimas dos que perderam seus familiares, que as ações das equipes de socorro, em todos os planos possam fluir com rapidez e harmonia, preservando as vidas que aguardam resgate.Luisetehttp://www.blogger.com/profile/05962548864627682882noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2227805415074795719.post-9598973161055277752008-11-25T16:45:00.004-02:002010-12-27T16:53:18.946-02:00Maternidade terceirizadaOs dias chuvosos chegaram e a cidade está de cores novas: verde cintilante, que se estende dos gramados às numerosas árvores; e cinza prata dourado, um efeito provocado por raios solares que tentam se infiltrar entre os blocos de nuvens espessas. A temperatura é agradável, a umidade relativa do ar, em torno de 50%, traz uma sensação de conforto e bem-estar, dispensando ventiladores e ar-condicionado. A atmosfera é suave, relaxante e o silêncio da tarde é rompido unicamente pelas risadas e gritos da criançada que brinca na quadra de esportes à frente da minha janela. <br />
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Quantas vezes, no passado, suspirei por momentos como este! Sonhava em estar em casa, à tarde, aproveitando a paz doméstica na companhia dos filhos. Apesar de algumas manobras nessa direção, não consegui o meu intento. Compensei, como possível, dedicando cada minuto livre. Mas, hoje, quando tenho a oportunidade de acompanhar o crescimento do meu neto, vejo claramente que tudo o que fiz foi pouco; e, principalmente, me dou conta de tudo o que deixei de usufruir, do muito que perdi não estando presente para testemunhar a rotina dos filhos, para secar suas lágrimas quando tinham medo, quando se machucavam... <br />
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Sei que, apesar disto, eles foram felizes porque cresceram, livres, nas superquadras de Brasília, que garantia liberdade e segurança, permitindo viver uma infância plena, semelhante a que a minha geração viveu nos subúrbios do Rio de Janeiro. Essa sorte, a criançada de agora, longe da supervisão dos pais, não tem. A segurança nas superquadras é coisa do passado. Talvez, por isto, os amplos espaços arborizados, com quadras de esporte e parquinhos, permaneçam desertos, a maior parte do tempo. <br />
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É um desperdício que não me canso de lamentar: onde estariam as crianças? Presas, nos apartamentos, ou circulando entre uma e outra atividade imposta pelos pais que pretendem, dessa forma, mantê-las ocupadas e a salvo. Não há coerência em se ter filhos para deixá-los, 8, 10 horas por dia, aos cuidados de terceiros, compartilhando com eles somente as sobras, as breves lacunas eventualmente existentes entre os períodos ocupados por nossas atividades. <br />
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Houve um passado em que era viável gerar vidas sem grandes planos, quando éramos robôs acionados por um projeto de vida padrão: crescer, casar e ter filhos; e permanecer ao redor da família de origem, pais, tios, primos, contando, portanto, com uma rede de apoio e afeto. Hoje, a rede de apoio é a empregada, a aula de natação, de judô, de ballet, de inglês... Recursos de classe média com que a classe pobre não pode contar. Em ambas as classes, as crianças estão relegadas, não ocupam o espaço de que necessitam na vida dos pais. <br />
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Talvez por isto as estatísticas estejam apontando para o envelhecimento da população brasileira o que, na Europa, já é um fato. Felizmente, começa a despontar uma consciência quanto ao compromisso e responsabilidades que se deve assumir de forma madura, uma verdadeira escolha: ter filhos para criá-los, não tê-los para se dedicar a outros interesses.Luisetehttp://www.blogger.com/profile/05962548864627682882noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2227805415074795719.post-76105675847310440372008-11-19T18:05:00.004-02:002008-11-19T18:19:14.418-02:00SERÁ QUE A CULPA É DA MÃE?Manchetes em que mulheres e crianças são vítimas de homens enciumados já não espantam, tamanha é a sua freqüência. Então, nos mulheres, depois de termos conquistado o direito de viver a própria vida, conforme nossas escolhas pessoais, não vemos esse direito reconhecido por homens que não sabem lidar com perdas amorosas. <br /> <br />Há uma geração de homens jovens que, de modo surpreendente, não sabem viver essa modernidade, esse clima de liberdade do qual também se beneficiam. Afinal, de burros de carga, de criaturas a quem não se permitia externar emoções e fragilidades, passaram a ser vistos como os seres humanos que são, passaram a dividir a carga com a mulher. <br /><br />O estranho é que esses, que agora freqüentam as manchetes, são de uma geração com mais acesso à informação, que cresceram assistindo novelas em que se apregoa um estilo mais livre de viver, desde que a TV Globo exibiu o seriado “Malu Mulher”, no final da década de 70! <br /><br />Será que “a culpa é da mãe”? De algum modo a educação vem falhando quanto a mostrar a igualdade de direitos, quanto à obrigação de respeitar a decisão de um parceiro quando este diz: acabou. <br /><br />Vejo preconceito entre as mulheres; não posso generalizar nem afirmar, não tenho nenhuma base científica, não promovi nenhuma pesquisa...Mas, o fato é que, ainda hoje, algumas parecem dizer ”prendam suas cabritas, meu bodes estão soltos”: aceitam que seus filhos tragam namoradas, muitas vezes sem buscar um contato com a mãe da garota que dorme em sua casa, sem questionar o filho. <br /><br />Muitas repelem o convívio com mulheres separadas enquanto se penduram em casamentos fracassados tendo por lema “Não sou feliz mas tenho marido”. Há um preconceito muito mal disfarçado, de mulheres contra mulheres. <br /><br />Vencidas as causas externas, as leis e os costumes, talvez falte, à própria mulher, ensinar filhos do sexo masculino a aceitar frustrações, a encarar a possibilidade do fim de uma relação, com a consequente obrigação de sustento dos inocentes sem, nunca, usar subterfúgios do tipo: não vou dar dinheiro para essa ...Não vou sustentar mulher para outro homem...<br /><br />Com esse e outros subterfúgios, que alguns insistem em chamar de amor, mata-se covardemente, como se vê na notícia aí ao lado, publicada no “O Globo” de hoje.Luisetehttp://www.blogger.com/profile/05962548864627682882noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2227805415074795719.post-81913072416017969692008-11-18T19:35:00.004-02:002011-01-06T18:05:47.425-02:00INFANTICÍDIONos últimos dias, ando bastante austera, escrevendo textos nada voltados para as amenidades da rotina doméstica. É que a onda de crimes contra crianças, e de crimes por elas praticados no interior das escolas, me inquieta, me angustia. E eu tenho certeza de conhecer a fórmula, a mágica capaz de, em pouco tempo, reverter tudo isto. <br />
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Mas, quem sou eu? Eu que sequer tenho ânimo para me converter em uma militante de alguma causa, que não tenho a menor intenção de fundar uma organização de defesa do jovem e da criança... Eu que não me mobilizo e que, a única coisa que me vejo capaz de fazer é escrever para desabafar esse quase desespero.<br />
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Na periferia do Rio de Janeiro, por exemplo, é cruelmente rotineira a morte de jovens durante incursões policiais em favelas. E, ainda que estivessem envolvidos com o mundo do crime, a perda prematura de suas vidas deveria ser vista por todos como aquilo que é, de fato, uma catástrofe. Não faz muito tempo, o Jornal "O Globo" publicou reportagem sobre a história de uma mãe que investigou, pessoalmente, a morte do filho. Seu objetivo, felizmente alcançado, era provar que seu filho morreu inocente, embora a Polícia o tivesse incriminado para não assumir a responsabilidade que lhe cabia no desfecho desastrado da invasão da favela onde o jovem morto residia.<br />
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Não bastasse isso, a pedofilia, acontecendo entre quatro paredes, às ocultas, trata as crianças como objetos. Recebi um email, hoje, com informações que teriam como origem a CPI da pedofilia. Coisas de estarrecer, com foto e nome de um dos criminosos que seria, segundo o email, um alto funcionário do Banco Central.<br />
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Será que, sempre, se desrespeitou, assim, os jovens indefesos? Talvez os meios modernos de comunicação, anulando distâncias espaciais e temporais, estejam trazendo a tona o que estava submerso.<br />
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E ainda há quem defenda a redução da maioridade penal como se a prática de crimes por menores não decorresse de omissão e de irresponsabilidade dos pais e do poder público. <br />
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O necessário é aplicar a “fórmula mágica”: educar para salvar.<br />
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Os índices de mortalidade infantil vem declinado como conseqüência de ações governamentais de saúde pública. Mas, e quanto as mortes por violência? E quanto a “morte em vida” que é estar fora do alcance de efetivas ações educacionais?Luisetehttp://www.blogger.com/profile/05962548864627682882noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2227805415074795719.post-81623853423297791992008-11-15T15:18:00.006-02:002008-11-17T22:24:29.774-02:00PREVENIR, AINDA É MELHOR QUE REMEDIAR“Prevenir é melhor que remediar”, ensina a sabedoria popular. E a prevenção significa, qualquer que seja o âmbito, estar absolutamente focado no momento. Em segurança pública, significa a presença da polícia nas ruas; em saúde, significa garantir, primordialmente, saneamento básico e alimentação de qualidade. Quanto menos se investe nesses setores, que trazem qualidade para a vida presente, mais se gastará no futuro, tratando de doenças.<br /><br />O futuro, de um indivíduo ou de uma nação, reside no agora. Prevenir, em educação, significa investir na formação do cidadão, desde a 1ª infância e em várias frentes; do ensino formal, visando à alfabetização e à aquisição de conhecimentos básicos, ao desenvolvimento de uma consciência moral elevada.<br /><br />Mas, a infância e a juventude estão abandonadas, ao deusdará. Com o advento da Internet e do Orkut, jovens e crianças se aproximam e formam grupos sem qualquer supervisão da família. Do passado, em que todos os amigos dos filhos residiam nas redondezas e eram conhecidos da família, ao presente, em que, com um click, se faz faz amigos mundo a fora. <br /><br />Antes, fazia-se contato com os amigos dos filhos interceptando telefonemas que estes recebiam, no telefone fixo da residência; sondava-se, antes de passar as ligações e era possível conhecê-los, saber seus nomes, ainda à distância. Hoje, quando todos tem celular, pouco se sabe da rede de relacionamento dos filhos. <br /><br />A reação da família, das escolas e demais sistemas do governo a essas mudanças tem sido muito lenta. E o futuro, que deveria estar sendo construído agora, parece cada vez mais remoto, cada vez menos provável.<br /><br />Haverá futuro quando não se prioriza filhos e família? <br /><br />As mulheres, agindo ao modo masculino, priorizam relacionamentos que vão se sucedendo (pois não é nada fácil manter e consolidar uma união) enquanto os filhos vão sendo deixados em segundo plano. <br /><br />As famílias de baixa renda são chefiadas, em sua maioria, exclusivamente por mulheres; com filhos de pais diferentes. O problema maior dessas crianças não é a internet, é a omissão total do pai e a ausência da mãe que está fora, ganhando o sustento da casa. <br /><br />Quando a decisão é não priorizar família e filhos, por que tê-los? <br /><br />Mas, será que a maioria toma, em algum momento, alguma decisão de forma consciente? Será que há uma reflexão e um plano ou as pessoas, levianamente, vão deixando rolar?<br /><br />A prevenção da prevenção, digamos assim, consiste na educação, instrumento capaz de ensinar o indivíduo a ser responsável.Luisetehttp://www.blogger.com/profile/05962548864627682882noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2227805415074795719.post-38786047873508199772008-11-07T14:04:00.007-02:002008-11-07T14:20:15.591-02:00A geografia da fomeLevei um susto, hoje pela manhã, no Supermercado, com o preço do KG da carne de primeira, R$14,00, na promoção! Não comprei. Há menos de três meses, pagava R$8,00. Vou aturar reclamações dos comensais aqui de casa; mas, o cardápio vai variar entre frango frito, frango ensopado, frango assado... E peixe.<br /><br />De volta à casa, passei a lamentar, em longo papo com a minha secretária do lar, relembrando o período inflacionário. Falo e bato na madeira três vezes. Foram tempos difíceis, para mim, aqui no DF e para ela, no Ceará. <br /><br />Eu “caprichava” na seleção do que comprar tentando me defender como possível, já que, recebendo pagamento a cada 30 dias, via meus rendimentos serem reduzidos, em percentual de 25% ao mês, taxa de inflação da época. O cardápio, com alimentos capazes de “encher a pança” de filhos pré-adolescentes, variava de frango para frango e saborosos nacos de carne de segunda (peito, acém, costela...). Vísceras, nunca, pois eu já havia aprendido que armazenavam hormônios e antibióticos com que o gado era tratado. <br /><br />Quanto à minha querida secretaria, na época ainda uma criança, restava-lhe, assim como para os irmãos, privações e fome. O cardápio, segundo sua narrativa, era composto de feijão, milho, e farinha de mandioca, plantados pelo pai e irmãos. Outros itens (e apenas os indispensáveis) eram comprados “fiado” e o pagamento, realizado somente uma vez por ano, na época da colheita do algodão. <br /><br />Se eu me queixo do salário defasado, recebido a cada 30 dias, imaginem vocês o que sobrava para essa família, do produto da colheita do algodão? Nada. A conta, registrava valores variados, correspondentes a preços diversos, segundo a oscilação provocada pela inflação, ao longo de um ano inteiro. E o total da dívida era calculado com base nos preços da época do pagamento. Covardia, não é mesmo? <br /> <br />Na época, não existiam os programas sociais que, se por um lado podem incentivar a malandragem, por outro vem atender necessidades básicas que, infelizmente, nem sempre o livre mercado é capaz de suprir. <br /><br />Minha secretaria é uma pessoa muito querida, que eu admiro; ela traz no próprio corpo as marcas desse passado de fome, marcas que eu vi descritas em livros do cientista Josué de Castro (Geografia da Fome e Geopolítica da Fome). Mas nunca se faz de vítima, é uma lutadora.<br /><br />Espero que a fome seja varrida do mapa, que a crise financeira que abala o planeta sirva de inspiração para novas idéias, idéias inteligentes para um mundo melhor que permitam o crescimento saudável de corpo e mente.Luisetehttp://www.blogger.com/profile/05962548864627682882noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2227805415074795719.post-14409721772645272412008-11-04T14:37:00.003-02:002008-11-04T19:14:27.008-02:00Desligando o piloto automáticoEu, até hoje, não tenho um plano. Sempre fui um tanto bagunceira, inquieta e instável. Talvez por isto tenha me interessado, desde cedo, por seitas e religiões que oferecessem mais respostas do que as que eu ouvia, habitualmente, nas missas dominicais. E, em contato com literaturas que referiam o zen-budismo e a meditação, entendi que poderia educar a mim mesma, aprender a centrar-me no momento presente. <br /><br />Mas, entre entender e vivenciar plenamente, vai uma longa jornada. De qualquer modo, aderi e comecei a concentrar a atenção em cada momento. E vi que funcionava! É tão simples e tão fantástico. Ainda agora, estou tentando e não sou bem sucedida em várias ocasiões. <br /><br />Por exemplo, quando cozinho, muitas vezes meu pensamento viaja, me “ausento”, vou sei lá para onde, penso na próxima atividade a ser realizada, nos compromissos do dia seguinte... Aterriso, de repente, volto ao ato de cozinhar, à panela fervente de arroz e acrescento sal e, que m..., acho que eu já havia colocado sal! Coloquei; não coloquei; não me lembo... Provo e constato: salguei o arroz. Tudo porque não me concentrei no ato de cozinhar, liguei o “piloto automático” e “viajei”...<br /><br />Para onde? Para algum lugar aprazível? Não; viajava no meu mundo mental, onde permito que residam pré-ocupações, onde, após “abandonar” as ações presentes, fico antecipando o que ainda está para acontecer e que, nem mesmo sei se vai, realmente, acontecer. Essa não é uma atitude inteligente. Quando me concentro, tenho três ganhos: a minha mente relaxa, desenvolvo a ação com maior rapidez e raramente preciso corrigir erros. <br /><br />O meu trabalho fora do lar, pela sua natureza, me obrigava à concentração. Sempre me dei conta, desde os 18 anos quando comecei na profissão, que deixava os problemas do lado de fora e que, ao final da jornada, aquilo que me preocupara pela manhã, parecia já não ter a mesma importância. Mas não que eu fosse detentora de alguma habilidade ou característica que me permitisse não “misturar as estações”. Não, não era uma virtude pessoal, era a sorte de trabalhar com Contabilidade, com planilhas e uma multidão de números. Somente quando conheci a meditação oriental, quando li sobre o zen budismo foi que entendi e pude tirar proveito, conscientemente, da capacidade natural de concentração que todos nós temos, uns mais, outros menos. <br /><br />Quem ainda não tentou, vale experimentar, focar a atenção em cada momento, um momento de cada vez, desligando o "piloto automático".Luisetehttp://www.blogger.com/profile/05962548864627682882noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2227805415074795719.post-41859944052153782212008-11-02T22:06:00.002-02:002008-11-03T19:30:55.424-02:00Tudo ou nada; oito ou oitenta...Uma vida em total ociosidade, sem nenhuma demanda, não seria do meu agrado e, acredito que, de ninguém. Mas, na vida, tudo parece tender ao exagero: “tudo” ou “nada”, “oito” ou “oitenta”. <br /><br />Na juventude e na idade adulta, desdobramo-nos para dar conta de mil coisas (a multi-mulher da propaganda de uma nova marca de eletro-domésticos) e mal vemos nossos filhos crescerem. <br /><br />Lembro-me de que eu, que vivia tão sem tempo, contraditoriamente chegava a desejar que o tempo passasse rápido e que meus filhos chegassem à vida adulta. Era pura ansiedade, desejo de ver a minha “missão” cumprida. Por um bom período, tive uma espécie de calendário particular, contava o tempo de quatro em quatro anos: nas próximas olimpíadas fulaninho terá 12 anos, sicraninho terá 16... E eu vou poder respirar, tomar fôlego, com filhos chegando à adolescência.<br /><br />Enquanto, assim, pensava, tinha plena consciência daquele estado de delírio porque, na verdade, curtia a infância e a graciosidade deles, suas peraltices e risos plenos de alegria. Mas, eu vivia sempre assombrada com o que pudesse acontecer a qualquer deles, na minha ausência, daí o meu desejo de que eles, rapidamente, estivessem apitos a se auto-proteger. <br /><br />Agora, numa fase de demandas mais equilibradas, percebo que o equilíbrio entre demandas da vida e tempo disponível para atendê-las depende de que, logo ao final da adolescência, tracemos um plano: onde desejamos chegar, o que desejamos para nossas vidas.<br /><br />Há muitos que, precocemente, são capazes de traçar esse plano: trata-se de uma categoria de pessoas que parecer saber exatamente o que veio fazer neste mundo. E, exatamente por saber, são dotados de uma vontade férrea que parece guiar seus passos. Esses, não perdem tempo e nem são ansiosos. Mas, por vezes, são impacientes com a “lerdeza” de nós outros que, quanto mais corremos, mais atrasados estamos.<br /><br />Se os pais se preparassem de forma completamente consciente para suas responsabilidades futuras, guiariam melhor seus filhos nesse “plano” de vida de modo que, mesmos aqueles que não nascessem dotados com essa espécie de “guia interno”, seriam melhor sucedidos em suas escolhas, conquistando rotinas mais equilibradas. E viveríamos, todos, sem essa terrível ansiedade que ameaça corroer nossa alma, que nos torna prisioneiros do relógio.Luisetehttp://www.blogger.com/profile/05962548864627682882noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2227805415074795719.post-79119688949065121772008-10-24T19:32:00.004-02:002008-10-24T19:47:45.466-02:00Não alugo o meu tempoAndo sempre em busca de alguma coisa em que me empenhar, me comprometer. Penso, repenso e não decido por qual tipo de ocupação fixa vou optar. Logo, me dou conta de que não quero nada, sou uma “preguiçosa” de carteirinha. Estou curtindo essa liberdade de ser a dona do meu tempo. <br /><br />Esses dias, contestei a minha empregada que reclamava do que estava pagando à pessoa que cuidava do filho dela, remoendo que a fulana não fazia nada, só tomava conta do menino. Ora, mas a fulana estava alugando o que lhe era mais precioso, o próprio tempo, dispondo de um dia inteiro para estar na casa alheia, enquanto a dona não voltava do trabalho. <br /><br />Quase todos, uns mais, outros menos, somos escravos de rotinas muito pesadas. A mulher, então, nem se fala. A sensação de opressão, nessas circunstâncias, está sempre presente. Às vezes, o coração acelera, as mãos transpiram enquanto mantemos os olhos pregados no relógio, cientes do pouco tempo que nos resta para concluir uma tarefa já que um outro compromisso nos espera. E passamos a vida a correr, para garantir a sobrevivência. Certo que, alguns, correm para sustentar vícios de consumo exagerados. Mas, para a maioria, em que eu me incluo, trata-se de questão de sobrevivência: para garantir o básico. <br /><br />Não, hoje, estou fora dessa maioria; faço parte da minoria que tem tempo. E, às vezes, percebo que há um certo sentimento de culpa tentando ditar meus passos, querendo brigar com essa preguiça. Quem vencerá?<br /><br />O bom senso deve prevalecer. Afinal, ainda não descansei o suficiente do tempo que passei correndo. E, de qualquer modo, ainda que descansada e entediada, nunca mais alugaria o meu tempo. <br /><br />Lembro-me de um escritor que, em entrevista ao Programa da Oprah Winfrey, contou como fizera para sobreviver sem trabalhar, jamais abrindo mão de ser o dono da própria vida. Obviamente que, ao comparecer àquele programa, já detinha condição financeira que lhe permitia essa escolha, um escritor famoso; mas, no passado não era assim.<br /><br />Sempre podemos encontrar um jeito simples de viver, sem atender aos apelos do consumo,sem entulhar o guarda-roupa e a sapateira, sem entupir a casa de eletro-eletrônicos... e, principalmente, planejando melhor a família e a vida. É o que faria se precisasse recomeçar.Luisetehttp://www.blogger.com/profile/05962548864627682882noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2227805415074795719.post-86355470786682820292008-10-22T21:04:00.001-02:002008-10-22T21:07:23.908-02:00VOLTEI!Muito tempo ausente deste espaço, não por falta de assunto e, sim por excesso! Muito trabalho, em casa; uma mudança de residência; formatura de filho; filho mudando de emprego; novo neto chegando; uma hérnia lombar e um repouso forçado ... Enfim, emoções de sobra!<br /><br />Eu, querendo deixar de ser sedentária (dona de casa sedentária? É ruim hein!) acabei me acidentando em uma academia. E fiquei, então, efetivamente, sedentária, deitada ou recostada, sem poder sentar! Depois de algum tempo meio grogue, deixei de lado os analgésicos e recorri ao shiatsu, que maravilha! Mais tarde, passei a fazer aulas de anti-ginástica. Gostei, também.<br /><br />É uma pena que esses recursos, essas terapias alternativas, não estejam ao alcance da maioria. Além de curar, ou estabilizar, são também preventivas.<br /><br />Muito obrigada a vocês, amigos leitores, que tem vindo até aqui, durante a minha ausência.<br /><br />Abração!Luisetehttp://www.blogger.com/profile/05962548864627682882noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2227805415074795719.post-58585396682093376872007-10-24T16:27:00.000-02:002007-10-24T16:30:28.956-02:00Funções tipicamente femininas: psicóloga, professora, enfermeira ...<div align="justify">Referências preconceituosas ao trabalho doméstico sempre me desagradaram. Não consigo entender o preconceito de muitas mulheres que, tanto quanto certos homens, não reconhecem o valor de um trabalho que só não é um trabalho como outro qualquer por ter mais importância que todos os demais. Pode, até, não ser prazeroso, pode ser estafante, por vezes... Mas só não lhe reconhecem o valor, por ironia, justamente aqueles que sempre tiveram quem lhes atendesse, como camareiras de luxo de um hotel 5 estrelas rsrsrsrsrsrsrsrrsrsrs.<br /><br />Lembro-me que, ao aproximar-se a data da minha aposentadoria muitos me indagaram o que seria dos meus dias, em casa, que futuro sem graça, sem charme, sem vestir aquele “traje de executiva”, todas as manhãs... Mais ou menos como se o valor da existência feminina, antes completamente associado ao exercício dos papeis de esposa e mãe, agora dependesse da permanência no espaço profissional.<br /><br />Por isto, ao desenhar o meu perfil, sublinhei a minha condição de “dona de casa que toma conta do neto e de outros afazeres domésticos”, papel de que muito me orgulho. Não precisamos mais provar que podemos “existir” fora do lar. É hora, portanto, de avaliarmos a nossa própria visão quanto à função de educadora, psicóloga, enfermeira, nutricionista, economista, decoradora, faxineira, cozinheira ... Ufa! O quê mais?! Tantas profissões cabem no papel de “dona de casa” que, algumas delas, também passaram a sofrer do mesmo estigma, na medida em que foram qualificadas, sempre com altas doses de sarcasmo, como profissões tipicamente femininas. <br /><br />Apesar do título, “bobagens e bobeiras”, está visto que a idéia não é desqualificar a temática que, tão importante quanto a do meu outro blog, faz parte do perfil em associação à profissão que exerci até a aposentadoria.<br /><br />Torço para ter mais visitas femininas e, quem sabe, comecemos algumas discussões e desabafos interessantes, onde os homens serão bem vindos é claro.<br /><br />O interessante é notar que também a educação tem sido desqualificada, tratada como coisa menor, sem a merecida relevância, os professores recebendo salários de merreca enquanto grupos chamados de elite, no Serviço Público Federal, ganham salários nababescos. Por que será que, justamente aquilo que cerca mais de perto o ser humano, que pode tocá-lo e promover verdadeiramente o seu crescimento, o lar e a escola, recebe esse tratamento de segunda, da sociedade e dos governos? </div>Luisetehttp://www.blogger.com/profile/05962548864627682882noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2227805415074795719.post-61801339793692711872007-10-02T18:15:00.000-03:002007-10-02T18:18:29.009-03:00Quem está no comando?<div align="justify">No artigo anterior, declarei que não desisto diante de obstáculos. Às vezes, desisto. A insistência, diante de certas situações, pode sinalizar a nossa dificuldade em aceitar o inevitável, de sair em busca de outras soluções, de tentar trilhar outros caminhos.<br /><br />Desisti, por exemplo, do casamento. Faz muito tempo; mas, ainda me lembro das incontáveis vezes em que tive de ouvir a seguinte frase: você está pensando que é o homem da casa?<br /><br />Ser casada, para a minha geração, significava abdicar do direito de pensar e de decidir. E, ainda agora, com a velha desculpa de que “é preciso combinar, dividir” há pessoas que, autoritariamente, tolhem seus companheiros.<br /><br />A cada passo, prestar contas, dar satisfação? É praticamente impossível já que decidir e escolher, rapidamente, é uma exigência que a vida moderna impõe, a cada momento, a homens e mulheres. Logo, é preciso, sobretudo, confiar e respeitar o outro.<br /><br />No passado, já remoto, quando os papeis, feminino e masculino, eram nitidamente distintos e a vida transcorria, lentamente, sempre igual, geração após geração, pouco havia o que ponderar. Mas, especialmente a partir dos anos 70, ver-se na contingência de “pedir permissão” ...<br /><br />Recentemente, me surpreendi quando uma mulher respondeu a um anúncio que publiquei para vender móveis em desuso, tudo bem baratinho. Ela ligou, indagou, veio à minha casa aproveitando o intervalo de almoço; e decidiu parcialmente: precisava aguardar o retorno do marido que estava viajando. Comprou uns itens e outros não. Precisava “pedir autorização” para usar o seu próprio dinheiro!<br /><br />Desculpar, relevar deslizes ou substituir a empregada? Aproveitar o marceneiro da vizinha e consertar, embelezar os móveis? Fazer as compras do mês hoje ou aguardar a promoção da semana que vem? Ou comprar semanalmente aproveitando promoções ocasionais? Substituir as cortinas aproveitando a promoção que acabou de encontrar na lojinha da esquina? Não complementar para o jantar, quem quiser que faça um lanche... Reformar o banheiro ou trocar de carro?<br /><br />Há quem exija discutir sobre tudo, compartilhar tudo, principalmente quando há gastos envolvidos. Melhor dizendo, há os que gostam de exercer o poder e para isto não hesitam em contrariar a lógica: “como ousa agir por conta própria? Desfaça agora mesmo!” é o lema dos viciados em mandar que, por isto, sempre encontrarão mil pretextos para desmerecer a iniciativa alheia, especialmente as iniciativas femininas.</div>Luisetehttp://www.blogger.com/profile/05962548864627682882noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2227805415074795719.post-9542633085800915642007-09-27T19:24:00.000-03:002007-09-27T19:29:54.974-03:00Pagando penitência<div align="justify">No meu apartamento, alugado, o piso é branco. Mas não é uma cerâmica lisa; é do tipo antiderrapante, uma necessidade de sua antiga moradora, uma senhora com deficiência de locomoção. Há um ano, desde que aqui resido, tento clarear, deixar o mais próximo possível do que eu imagino fosse o aspecto original. Não sei como ela “suportou” essa e outras particularidades desta residência. Às vezes eu brinco: parece que ela se detestava ou era um tanto masoquista. Uma superfície branca e que não é lisa, com sinuosidades onde a sujeira se acumula; superfícies, de dependências de serviço, em declive que contraria a lógica, impedindo o escoamento de água em direção aos ralos; antes, fazendo com que deslize diretamente para a porta da rua. Lavar? Impossível.<br /><br />E o que eu faço aqui? Seria, também masoquista? Estaria pagando alguma penitência? Não sei. Sei que não desisto fácil diante de um obstáculo, no âmbito doméstico ou fora dele.<br /><br />Gastei bastante com produtos para limpeza de pisos e, finalmente, na falta de tais e com os resultados pífios, testei uma velha conhecida de qualquer dona de casa: água sanitária pura. Deu certo! Finalmente o piso voltou a ser branco. Minhas mãos, à vista do mal trato a que foram submetidas, até que estão bem. E a empregada? Ela apenas ajuda. Quando faço algo que traga algum risco, faço eu mesma. A imprudência de usar o produto puro deve ser arcada por quem decide ser imprudente não é mesmo? Vejo, às vezes, empregadas domésticas penduradas em janelas de apartamentos, sem qualquer proteção. Se há risco, por que expor os outros?<br /><br />Procuro usar toda a prudência possível quando decido ser imprudente! Tomo cuidado, não se trata de uma tentativa de suicídio, de auto-imolação rsrrsrsrsrs... </div><div align="justify"></div><div align="justify">Mas, e quanto à outra pessoa, que garantia eu teria de que ela seria paciente e cautelosa de modo a se expor o mínimo possível? </div><div align="justify"><br />Mas, a verdade é que, a dona de casa sempre extrapola, faz mais do que suas capacidades físicas lhe permitem: arrasta móveis pesados mudando a decoração, sobe e desce secador de roupa, executa os tais movimentos repetitivos causadores da LER limpando o chão, lavando os pratos, descascando legumes, batendo a massa, passando roupa, varrendo a casa... Se não é a dona de casa, é a empregada. Há sempre uma mulher provendo a ordem e o conforto.</div>Luisetehttp://www.blogger.com/profile/05962548864627682882noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2227805415074795719.post-57069651594105763882007-09-19T23:13:00.000-03:002007-09-19T23:59:41.803-03:00Existe uma "escola de pais"?O Pedro disse: eu quero ser tudo o que o homem pode ser: eu quero ser irmão, eu quero ser tio, eu quero ser pai, eu quero ser avô... E indagou: Vó, você também é filha, não é?<br /><br /><div align="justify">Sou Filha, mas, ainda não sou tudo o que uma mulher pode ser rsrsrsrsrsrs. </div><div align="justify">Em compensação acho que posso gabar-me de estar proporcionando um ambiente familiar agradável para o Pedro. Tanto que ele, tão espontaneamente, dá esse incrível relevo aos afetos, às relações familiares; e projeta, para si, um futuro rico onde, seja qual for a profissão, e os ganhos, o prêmio maior, o alvo principal, será o outro de quem ele será pai, tio, avó...<br /><br />Bom que ele, tão jovem, já sabe tudo!!!!!! Sabe tudo o que realmente importa. Só não sabe que dispensar as receitas da vovó é falta de educação; e que miojo não é alimentação! Quem lhe ensinou? Ou não ensinou?</div><div align="justify"><br />Educamos e deseducamos. E resta-nos nutrir a expectativa de que eventuais prejuízos serão superados; apagados pelo tempo; ou pela Psicanálise? </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Afinal, existe uma escola de pais? </div><div align="justify"> </div>Luisetehttp://www.blogger.com/profile/05962548864627682882noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2227805415074795719.post-87683781484768473212007-09-16T15:48:00.000-03:002007-09-16T20:15:49.448-03:00Tem miojo, vó?<div align="justify">Sozinha, por 4 meses sem empregada, exercitei minhas habilidades “femininas” e, à falta delas, usei meus truques. Para mim, que sou prática e acelerada, fazer o trivial com poucas variações aqui de casa, copiando receitas de programas de TV, de livros e de jornais, não funciona: tudo me parece complicado, com ingredientes que não estão disponíveis em casa e que, quando busco nos supermercados, não encontro facilmente. Foi aí que descobri um endereço virtual, que já está devidamente linkado, o <a href="http://www.tudogostoso.com.br/">Tudo Gostoso</a>. <blockquote></blockquote></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">O diferencial é que as receitas são postadas por internautas; testadas e comentadas por cada um que as executa; e que volta ao site para registrar seu entusiasmo, contar como foi maravilhoso o almoço de domingo, em família, ou o bem sucedido jantar a dois para comemorar o aniversário de namoro ou casamento... E, até, para protestar contra quem ousou criticar uma receita: “sai fora, a receita é boa, trate é de aprender a cozinhar.”<br /></div><div align="justify"><br />Pedro, o meu neto de 5 anos, não se entusiasma com os meus resultados. Está com manias limitadoras típicas de adolescentes (hoje, é tudo tão precoce); nem quer experimentar! Seu lema: “não sei, não quero saber...”, “não comi e não gostei”; tem miojo vó? </div>Luisetehttp://www.blogger.com/profile/05962548864627682882noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2227805415074795719.post-56487457157317676482007-08-29T16:28:00.000-03:002007-08-29T16:30:02.467-03:00Mudança radical: queda no consumo<div align="justify">O consumo, por aqui, diminuiu. Manteiga, maionese, margarina e similares, em embalagens grandes que, agora, duram uma eternidade na geladeira, podendo até, estar se tornando impróprias para o consumo, estão sendo substituídas. Resultado: há mais espaço, as despesas vão sendo reduzidas e ninguém se arrisca a sofrer uma intoxicação alimentar...<br /><br />Quanto tempo, levamos, até perceber, certas alterações que, muito próximas, ou em nós mesmos, estão a exigir pronta adaptação? Nenhum alerta, nenhum sinal; e continuamos com a mesma rotina, como autômatos obedientes a um comando plantado em nosso cérebro em uma ocasião já distante. Um dia dizemos: a ficha caiu um pouco tarde, poderia ter me livrado (disto, ou daquilo) há tanto tempo!!<br /><br />Os meus “clientes” deixaram para trás a fase de crescimento. E vivem muito ocupados, estudando, trabalhando... Ninguém mais está disponível para, a cada 15 minutos, abrir a porta da geladeira e dos armários da cozinha e dizer: não tem nada gostoso para comer? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk</div>Luisetehttp://www.blogger.com/profile/05962548864627682882noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2227805415074795719.post-68009666833349371222007-08-26T17:04:00.000-03:002007-08-26T17:06:52.346-03:00Perdendo peso sem ir à academia<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-family: Verdana;">Graças a exercícios aeróbicos e de musculação (suspendendo o secador de roupa, passando pano no chão, etc.) emagreci e perdi barriga, sério, é verdade!!<o:p></o:p>Fui vestir uma calça preta cigarrete, manequim 38, que eu adoro e, surpresa, está folgada.<br /></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 10pt; font-family: Verdana;">Conto, não para provocar inveja, mas para incentivar donas de casa mais cheinhas...<o:p></o:p>Em compensação, preparem-se: dores nas articulações e na coluna kkkkkkkkkkkkk<o:p><br /></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-family: Verdana;">Conclusão: caminhadas, musculação em boa academia e, principalmente, resistir à gula e à ansiedade que nos leva a repetir um outro exercício, o da mastigação, são as melhores receitas.<o:p></o:p></span></p>Luisetehttp://www.blogger.com/profile/05962548864627682882noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2227805415074795719.post-71219052059474035102007-08-25T11:38:00.000-03:002007-08-25T11:53:21.935-03:00Toalhas felpudas e macias dão trabalho extra!<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Verdana;font-size:10;" >Meu filho mais velho aniversariou. Ganhou um presente para o seu novo lar, jogos de toalhas de banho, felpudas, macias, bem grandes... nada a ver com as toalhas que eu tenho aqui em casa ...<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Verdana;font-size:10;" ><o:p></o:p>Escolho, cuidadosamente, as toalhas que devem ficar no meio termo entre um conforto mínimo ao tato, o peso e o tamanho de modo que não se tornem um estorvo na “operação lavar”, “secar”, “guardar” ... Explicando: toalhas grandonas e felpudas ocupam muito espaço, pesam na máquina de lavar, demoram para secar e, em espaços reduzidos combinados com dias úmidos, acabam cheirando a mofo.<o:p><br /></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Verdana;font-size:10;" >Atividades domésticas requerem estratégias, dignas de serem batizadas com esses nomes criativos, às vezes grotescos, que a PF inventa.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Verdana;font-size:10;" ><o:p></o:p>Desde cedo precisei de estratégias: aprender a simplificar, a colocar em primeiro plano aquilo que realmente, tem importância. Foi assim que consegui criar 4 filhos trabalhando em jornada de oito horas diárias, sem enlouquecer, sem negligenciar meus compromissos profissionais, sem deixar de estar atenta ao que se passava com a criançada.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Verdana;font-size:10;" ><o:p></o:p>Os recursos sempre foram reduzidos e o tempo ultra-escasso. Eu não podia contar com uma babá, com cursos de natação, de inglês, etc, atividades que mantivessem a garotada ocupada. Uma vez, li uma entrevista com a Maria Silvia Bastos Marques, aquela super executiva que presidiu a CSN. Ela havia tido gêmeos mas, ai que inveja, podia contar com toda a infra-estrutura proporcionada pelo seu alto salário. Que bom para ela e seus gêmeos!<o:p><br /></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Verdana;font-size:10;" >Eu, aqui, nenhuma colher de chá! Ou de sopa, bem grande, dessas que o dinheiro, esse que dizem que não traz felicidade, é capaz de proporcionar. Então, tome estratégia, tome desapego e doses cavalares de simplicidade!<o:p><br /></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Verdana;font-size:10;" >Mas, no afã de presentear, cometi um deslize, esqueci que sou eu quem, ainda, está lavando as “roupitias”!</span></p>Luisetehttp://www.blogger.com/profile/05962548864627682882noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2227805415074795719.post-61249204745066431792007-08-23T12:58:00.000-03:002007-08-23T16:38:49.909-03:00Delegando sem Perder o Controle<div align="justify">Compartilhei, com meus poucos leitores, reminiscências que ia guardando enquanto vivia a experiência de assumir, integralmente, o papel de dona de casa, na ausência da minha caríssima auxiliar; tempo que aproveitei para corrigir algumas coisinhas, que não estavam visíveis para mim, na distância em que, antes, me colocava; o que é completamente normal quando não se tem o vício da centralização, quando se exerce a liderança de forma democrática.<br /><br /><a href="http://www.pugnacitas.blogspot.com/">Catellius</a> comentou, zombeteira e muito apropriadamente: </div><div align="justify"><br /><strong>""E descobrir, por exemplo, que havia desperdício de alimentos e de material de limpeza, apesar de existirem cantinhos requerendo uma faxina mais caprichada e, principalmente, perceber que não se estava comendo muito bem: muita comida requentada em microondas." <blockquote></blockquote></strong></div><div align="justify"></div><div align="justify"><strong>É, Luisete... Descontrole=corrupção... Brincadeira! Se isso acontece na minha, na sua casa, imagine como é em nível nacional, com esse desgoverno do PT...”"</strong> (grifei).<br /><br />Tem razão, o Catellius; quando delegamos, assumimos riscos. Mas, vale a pena. Delegar significa se desobrigar da execução para ter mais tempo livre.<br /><br />E eu estou aqui, de volta, com tempo e liberdade para exercer outros papeis, além do papel de dona de casa, de que muito me orgulho. Enquanto eu estava sem tempo, o tempo, que não brinca, que não posterga, passava...E trouxe de volta aquela que me permite ter mais tempo!<br /><br />Algumas perdas materiais vão acontecer, provavelmente; mas largamente compensadas por outros ganhos, ganhos que não podem ser mensurados materialmente. </div><blockquote></blockquote><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">Nas grandes organizações, inclusive na administração pública, as coisas se passam de forma semelhante. É indispensável delegar. A centralização é a principal responsável pelas grandes perdas, como ocorre no Governo Federal, onde vidas humanas se vão enquanto o Poder Central permanece sentado sobre o cofre, onde estados e municípios vivem de pires na mão. </div>Luisetehttp://www.blogger.com/profile/05962548864627682882noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2227805415074795719.post-11463997195824271292007-08-17T17:25:00.000-03:002007-08-19T10:16:01.740-03:00A Lição de Rita Apoena<div align="justify">Talento e disponibilidade nem sempre estão presentes simultaneamente. Às vezes, desconhecemos nossos próprios recursos; ou estamos presos à satisfação das necessidades mais prementes, forçados a relegar a um plano secundário, a uma ocasião futura, a realização de desejos que nos são caros. Tudo o que diz respeito ao refinamento do espírito, ao auto-conhecimento, às possibilidades de ganhos intelectuais e culturais, é negligenciado ante a necessidade humana de garantir um teto e, pelo menos, quatro refeições básicas diárias rsrsrsrsrs.<br /><br />A mulher, principalmente, é uma escrava dessas contingências na missão de garantir o próprio sustento e o de terceiros e o de prover cuidados à família. Por que ela abre mão de si mesmo, por assim dizer, os tais “terceiros” (marido, filhos e agregados) têm a chance de progredir. O lar é um mini estado com muitos encargos onde tudo precisa acontecer no tempo certo para que a ordem se mantenha. E, por que a ordem se mantém, pouco se valoriza a pessoa que conduz essa orquestra que produz a suave melodia da paz doméstica; seja a própria dona da casa, seja a empregada, nem a própria mulher, às vezes, valoriza o trabalho doméstico.<br /><br />Quando criei este Blog, era nisto que pensava, nas “bobagens”, nas pequenas coisas que faz a vida de uma dona de casa, nos mil e um problemas do cotidiano que precisamos resolver. Pretendia, e pretendo, fazer pequenos relatos usando o que penso ser o meu talento: escrever. Mas fui pega pela falta de disponibilidade; quando precisei mergulhar de cabeça nas tarefas de limpar, de fazer supermercado, cozinhar e, ainda, manter o de sempre, conversar e usufruir da companhia dos meus filhos e do meu neto.<br /><br />Fiz planos de me dedicar integralmente à escrita, já me comprometi com terceiros para escrever um livro na minha área (controle interno) e para desenhar um projeto dirigido a uma questão específica de administração pública... Ainda não pude por em prática tais ações. Aí, um dia, acesso um blog ultra interessante, de uma jovem que dá uma lição a esta experiente senhora no limiar da terceira idade: simplesmente, isolou-se, deixou tudo de lado para escrever o seu livro. <a href="http://www.ritaapoena.blogspot.com/">Rita Apoena </a>é o nome, ou pseudônimo, da menina. Ler o que ela escreve é um grande prazer. Quando consigo um tempinho, vou até lá. Aí, outro dia, outra menina, a <a href="http://www.fabiarossoni.blogspot.com/">Fábia Rossoni</a>, posta aqui um comentário e, logo, leio, no seu perfil, sobre os seus projetos sendo postos em prática.</div><div align="justify"></div><div align="justify">Gente, estou com vergonha dessas minhas desculpas... Será que são esfarrapadas? Será que posso fazer o tempo?</div>Luisetehttp://www.blogger.com/profile/05962548864627682882noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2227805415074795719.post-26247259641451821722007-06-05T18:37:00.000-03:002007-06-05T19:09:02.100-03:00Assumindo o controle em casa<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Depois de ter afirmado, aqui, que não consumiria mais do que duas horas do meu tempo cozinhando, tenho que admitir que fracassei. Passei as últimas semanas totalmente dedicada às atividades do lar! <span style=""> </span>Não é nada mal mergulhar no universo doméstico, assumir o controle de tarefas que estavam entregues à “Secretária”. E descobrir, por exemplo, que havia desperdício de alimentos e de material de limpeza, apesar de existirem cantinhos requerendo uma faxina mais caprichada e, principalmente, perceber que não se estava comendo muito bem: muita comida requentada <st1:personname productid="em microondas. Prefiro" st="on">em microondas. Prefiro</st1:personname> dosar a quantidade, cozinhar todos os dias para que os comensais, principalmente o meu neto, sinta o aroma do alimento que está sendo preparado e pergunte: vó, o almoço vai demorar muito para ficar pronto? Tô com uma fome...</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p>Mas, eu sou básica, é o meu jeito; não tenho aquele perfil de quem gosta de fazer da cozinha um laboratório para mil e uma experiências. Não tenho perfil mas capricho no essencial. Os filhos estão gostando. Pelo menos, até aqui, ninguém reclamou. Ou será que estariam, somente, querendo agradar a mamãe?<br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="">Vejam a coincidência: meu neto acabou de perguntar-me se vou querer macarrão que a mãe dele está na cozinha preparando. Respondo que há sobra do almoço na geladeira e ele, imediatemente, rebate com a sinceridade típica das crianças: sua filha falou que a comida não está boa... Putz!!!</span><span style=""></span><span style=""><br /></span></p>Luisetehttp://www.blogger.com/profile/05962548864627682882noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2227805415074795719.post-16938530234864373572007-03-27T14:53:00.000-03:002007-03-27T20:42:24.360-03:00A minha versão dona de casa está em ação<div align="justify">A minha versão "dona de casa" foi ativada, há duas semanas, quando fiquei, temporariamente, respondendo pelo expediente aqui de casa. Ai, que canseira ... Mesmo atacando de "trivial com poucas variações" o meu tempo encurtou; e a outra versão de mim, a que escreve sobre corrupção e incompetência no Serviço Público Federal, está mais prá lá do que prá cá, a bem dizer quase parando. <blockquote></blockquote></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">E no entanto, a outra versão só vê motivos para comemorar já que, finalmente, alguém mais, além de mim, arrancou a máscara da CGU, aquela instituição pública que faz de conta que controla as contas do governo, sempre citada nas primeiras páginas dos jornais do país, por descobrir falcatruas lá em "Deus me livre", enquanto nos ministérios, em Brasília, os saqueadores fazem a festa: entram e saem tranqüilamente, à luz do dia. <blockquote></blockquote></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">Mas, comemorar dá trabalho, é preciso ler as 70 páginas do relatório em que o TCU enumera os seus "achados" de auditoria. Fazer isso, depois de ter passado 4 horas no exerício das nobres atividades de cortar cebola, lavar alface, arroz, vigiar o tempo de cozimento, lavar a louça e ... <blockquote></blockquote>Precisei ausentar-me: o tanque transbordou com a água descartada pela máquina de lavar e inundou a cozinha ... Tive que recolher a água com um pano já que não há ralo, na cozinha e na minúscula área de serviço. Beleza não é mesmo? Ótimo exercício: um balde, um pano; encharca o pano, torce, encharca, torce ... até secar o chão. Pago, de aluguel, a bagatela de R$ 950,00. Baratinho, não? </div><blockquote></blockquote><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">A ocasião, especialmente o evento "seca chão", é bastante oportuna a algumas reflexões. Faz lembrar o debate em que me envolvi no Pugnacitas (<a href="http://www.pugnacitas.blogspot.com">http://www.pugnacitas.blogspot.com</a>), sobre as possibilidades que a classe média baixa tem de frequentar museus. E não posso deixar de usar mais um bordão (Se temos um Presidente que usa e abusa de bordões e de metáforas asquerosas...); um bordão chulo seria o mais adequado ao mau humor que restou, após o exercício forçado; mas, como sou educada e devo respeito a quem lê ... E o resquício de mau humor foi incrementado com o que li em <a href="http://www.fabiomayer.zip.net/">http://www.fabiomayer.zip.net/</a> sobre precatórios do Governo Federal...<br /><br />Ah se os ******* pagassem o que me devem, e não só a mim, mas, aos herdeiros da minha mãe e de um irmão, recentemente falecidos ... O Governo Federal faz leis e não as cumpre enquanto nós, cidadãos, ficamos reféns, a mercê do que chamam de justiça.</div><div align="justify"></div><blockquote></blockquote><blockquote></blockquote><div align="justify"></div><div align="justify"><strong><span style="color:#cc0000;">"Pimenta nos olhos dos outros é refresco"</span></strong></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div>Luisetehttp://www.blogger.com/profile/05962548864627682882noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2227805415074795719.post-67586664355896566712007-02-08T19:38:00.000-02:002007-03-27T16:04:06.325-03:00Trivial com poucas variações<div align="justify">Procuro ser breve quando estou no comando do fogão rsrsrsrsrs... Nada de receitas com mais de três linhas e mil e um ingredientes. Não e não. Uma comidinha simples; bem feita, é claro, com os temperos básicos (cebola, alho, folha de louro), que possa ser devidamente soboreada mas que não me prenda mais do que 90 minutos. É o meu limte. Afinal, tenho mais o que fazer. </div><blockquote></blockquote><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">Eis meu "cardápio-faça-tudo-rapidinho": além do feijão com arroz obrigatório: salada verde com tomate, purê de batata, carne picadinha ou assada, peito de frango assado, frango refogado com pequi, macarrão com queijo e presunto e legumes refogados. E não poderia faltar o prato típico de qualquer preguiçoso, baião de dois: mistura de feijão, arroz, linguiça de paio, bacon, uma espécie de arroz de carreteiro do Nordeste. <blockquote></blockquote></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">Sempre que escuto esse papo de "a comidinha da mamãe é melhor", sinto pena dos meus filhos, coitadinhos; na casa da mãe deles o papo é outro, ou melhor, o cardápio é muito "simplesinho".</div><div align="justify">E, agora, que a minha empregada estará de licença-gestante, estou em contagem regressiva, morrendo de medo da cozinha, do tempo que me consumirá preparar os alimentos que consumiremos. O jeito é fazer graça para não perder o humor e marcar o tempo: mais do que 90 minutos na cozinha? Não e não. </div><div align="justify"></div>Luisetehttp://www.blogger.com/profile/05962548864627682882noreply@blogger.com2